Este ano, o tema é particularmente abrangente e rico de sentidos, pelo que se propõe o visionamento de três obras de cinema português: o documentário Sophia de Mello Breyner Andresen (1969), de João César Monteiro, um magnífico ensaio cinematográfico sobre a essência da poesia e do próprio cinema, que toma como matéria de trabalho a escrita da autora que dá título à obra e que tem o mar e a leitura de excertos de A Menina do Mar como elementos de destaque. Um verdadeiro pretexto para navegar no mundo poético das águas subterrâneas!
Propõe-se também o visionamento de duas belíssimas curtas-metragens da animação portuguesa: Os Olhos do Farol (2010), de Pedro Serrazina e Água Mole (2017), de Alexandra Ramires e Laura Gonçalves. No primeiro filme, as águas do mar são o palco de todas as emoções vividas por uma menina que desenvolve uma cumplicidade única com o mar e com os objetos que este lhe devolve, desvendando acontecimentos antigos e memórias que as marés não conseguem apagar.
Por último, Água Mole é uma curta-metragem de animação caraterizada pela presença de elementos documentais e um forte apelo a uma vertente metafórica. Nesta narrativa, como resultado do egoísmo humano, a água transforma-se num elemento ameaçador para toda uma vida comunitária.
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